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segunda-feira, 14 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS “ESTE” E “ESSE”
O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
“ESTE” E “ESSE”
Pontes e Lacerda
2014
O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
“ESTE” E “ESSE”
por : Amanda Souza , Wilson Junyor e Lucas Chicarolli
Pontes e Lacerda, MT, Brasil
2014
Introdução
Os pronomes demonstrativos são utilizados para apontar as
posições de certas palavras em relação a outros contextos. O relatório visa
demonstrar o emprego dos pronomes demonstrativos “este” e “esse” na fala e na
escrita, em certos pontos do comércio na cidade de Pontes e Lacerda-MT. De
acordo com a gramática “este” é usado para próximo de quem fala e “esse” para
próximo de quem ouve. São pronomes demonstrativos masculinos variáveis. Dessa
forma observei se as pessoas usam outros pronomes além desses para apontar
determinados objetos, ou outros termos para demonstrar tal objeto. A população,
às vezes, fala e escreve espontaneamente sem saber qual termo caberia no dado
contexto.
Objetivo
O
objetivo foi analisar quais dos pronomes “este” e “esse” estavam em
funcionamento no falar e na escrita em certos pontos de comércio da cidade de
Pontes e Lacerda.
Revisão bibliográfica
Quando queremos analisar o modo de fala das pessoas
faz-se necessário o conhecimento da língua portuguesa a partir da gramática. Existe
várias gramáticas que podem mostrar o posicionamento usar os pronomes
demonstrativos.
Segundo
Bechara (2001,
p. 162), “os pronomes é classe de
palavras categoremáticas que reúne unidades em número limitado e que se refere
a um significado léxico pela situação ou por outras palavras do contexto”. Assim,
considerando-os em suas relações com as pessoas do discurso, por exemplo:
“este”, o que está perto da pessoa que fala: Amanhã este carro estará concertado. E o pronome “esse” o que está
perto da pessoa a quem se fala. Exemplo: Essas
tuas fúrias, esse teu calor, esse riso, essa amizade mesmo nos ódios que
tinhas, procuro-lhes em vão só.
Assim, de modo geral, essas
referências são feitas a um objeto substantivo considerando-o apenas como a
pessoa é localizada pelo discurso. Portanto, os pronomes demonstrativos “este”
é para quem está próximo de quem fala e o “esse” para quem está próximo de quem
ouve.
Metodologia
Para analisar o uso desses
pronomes observei lugares como, por exemplo, feiras da cidade, estabelecimentos
comerciais, observar quais expressões que o falante usa para mostrar a maneira
de apontar algum objeto na escrita foram analisados três textos de uma aluna do
Ensino Médio, observando se na escrita há o uso desses pronomes e as formas que
foram empregadas.
Discussão dos resultados
Primeiramente analisei os três
textos de uma aluna do Ensino Médio, a forma de acordo com a gramática
normativa, na escrita, os pronomes “este” e “esses”, os textos cujos títulos “A Internet na escola”, “Como
educar as novas gerações” e “Artigo de Opinião”. Os textos a seguir mostram os
posicionamentos dos pronomes relativos de acordo com o contexto:
Texto A:
Internet no contexto escolar
A
internet no sistema escolar precisa, ser analisada e estudada considerando as
vantagens que ela proporciona ao aluno, mas também como algo que pode ocasionar
problemas com a sua utilização, como é o caso da pedofilia que ocorre através
de site de relacionamentos. É o papel de a escola agir nessa questão, pois é lá
que o computador deveria ser apresentado e explicado sobre a importância da
utilização correta desta tecnologia.
Entretanto
falta muita informação em relação ao uso da internet, tanto na educação quanto
na vida pessoal dos alunos. É no período escolar que esses fatores deveriam
ser esclarecidos, pois é a informação a melhor solução contra os abusos que
podem vir a acontecer através da internet muito utilizada pelos estudantes.
Com
bases nessas questões, devemos
analisar criticamente as repercussões da tecnologia na vida das pessoas,
principalmente dos alunos, levando em conta os fatos positivos e negativos. É
importante ressaltar o papel da escola em democratizar o acesso as tecnologias
existentes, assim promovendo a inclusão sócio-digital. É por através da
educação que podemos atravessar fronteiras construindo um mundo melhor, apenas
precisamos conciliar nossa educação a tecnologia.
Texto
B:
Novas gerações
Após
a primeira etapa cumprida, a qual os entrevistados (adolescentes, jovens,
adultos e idosos) se submeteram a dizer suas opiniões a respeito do tema Como educar as novas gerações. Analisando
suas respostas percebesse a acusação por parte de todos sobre a qualidade de
ensino que se encontra hoje. Para um pré-adolescente entrevistado, declarou a
falta de materiais necessários para trabalhar em sala de aula e não ficarem
numa aula rotineira onde o quadro é à base do ensino.
Relacionando
as entrevistas, as reações e a flexibilidade com que cada entrevista foi feita,
os filósofos Piaget e kohlberg a questão da moral, da afetividade e da lógica
foram de certo modo percebida em todos os entrevistados, porém estes
critérios se relevaram de pessoa para pessoa, ou seja, em um entrevistado a
lógica era de maior autonomia do que a afetividade, e para outros havia a
presença da afetividade do que da lógica. De imediato, sabe-se que a teoria de
Piaget sobre suas fases do desenvolvimento humano não necessariamente acontece
como ele teorizou. Em sua teoria Piaget a dividiu em 4 estágios onde em cada
uma delas teria o desenvolvimento dos três critérios moral, lógico e afetivo ao
mesmo tempo.
Já
a teoria de Kohlberg dividida em 3 níveis a torna mais flexível deixando claro
que o desenvolvimento dos três critério podem ser diferentes, pode haver o
desenvolvimento de um critério e do outro não, independente dos níveis da idade
do indivíduo. Sendo assim uma pessoa de 50 anos de idade pode ter estes critérios desenvolvidos, por
exemplo, da moral e da afetividade já do lógico muito pouco. Envolvendo as
pessoas com quem conversamos 50% estão classificados na teoria de Piaget e
outros 50% se classificam na teoria de Kohlberg.
Texto C:
Artigo de Opinião
Dar opinião oralmente sobre os mais diversos assuntos em
situações informais é algo corriqueiro, que fazemos quase sem sentir ou pensar.
Há situações de comunicação, porém, que são mais formais. Um exemplo são os
debates, na televisão, entre candidatos a cargos públicos, sobre seus projetos de governo em época de campanha
eleitoral. Esses debates devem ser cuidadosamente planejados, pois
argumentos mal sustentados podem
significar até mesmo a derrota em eleições.
Mas as opiniões não se
restringem à fala – elas também podem ser dadas por escrito. Jornais e revistas
publicam artigos de opinião em seus editoriais.
Editoriais são textos
argumentativos: exprimem a posição de um
órgão de imprensa diante de um assunto e seus argumentos, a favor ou contra. A
seção de cartas de leitores constitui um veículo para a expressão da opinião
dos cidadãos sobre questões que os
afetem de alguma rnaneira. A proposta é trabalhar com um dos gêneros
jornalísticos argumentativos escritos: o artigo de opinião. Ele é publicado em
jornais, revistas e na internet, sempre assinado por um articulista, que é uma
autoridade no assunto ou uma pessoa de representatividade social.
Os artigos de opinião são importantes instrumentos para a
formação do cidadão. Aprender a ler e a escrever esse gênero na escola contribui para desenvolver a capacidade de
participar, com argumentos convincentes, das discussões sobre as questões do
lugar onde se vive e, mais do que isso, de formar opinião sobre elas.
Contribuir para resolvê-Ias é praticar a cidadania.
Enfim, o Artigo de Opinião
é um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos
públicos de uma forma geral e tem por finalidade a exposição do ponto de vista
acerca de um determinado assunto.
Podemos observar que os textos acima indicam que os pronomes demonstrativos
“esse”, apontam para uma ideia dita anteriormente, ou seja, dirige aos
argumentos do texto e para não repeti-los, refere-se a eles como “esse”, ou
“esses“. Por exemplo, no trecho do texto A: “É no período escolar que esses
fatores deveriam ser esclarecidos, pois é a informação a melhor solução contra
os abusos que podem vir a acontecer através da internet muito utilizada pelos
estudantes”, fatores ditos no começo do texto.
Já os pronomes “este” e “estes” estão empregados de forma que aponta o
argumento que está sendo desenvolvido no texto, como por exemplo, na frase do
texto B: Sendo assim uma pessoa de 50 anos de idade pode ter estes critérios desenvolvidos. Os critérios que a aluna expõe estão
escritos nos argumentos apresentado no começo do texto.
Na
fala observei que as regras dos pronomes são variáveis. Nem todas as pessoas
falam de acordo com as regras da gramática. Muitas vezes trocam “este” para
demonstrar algo próximo de quem ouve e “esse” para próximo de quem fala, como,
por exemplo, na fala: Você prefere este
ou esse?. Há uma construção de dizer variável, se a regra impõe que “este”
é usado para pessoa que próxima de quem fala e “esse” para próximo de quem ouve,
muitos usam os dois termos como uma só.
Em
outros casos observei que algumas pessoas falam outros termos no lugar em que
caberiam os pronomes para fazer essa demonstração, como por exemplo: Pega aquele produto pra mim, ao invés de
dizer Pega este produto, ou você quer isto aqui, ao invés de Você quer este aqui?.
Conclusão
Através desta produção foi possível identificar como foi
o uso desses pronomes avaliados através da gramática, com a intenção de sabermos
como se dá esse funcionamento, se o que falamos, escrevemos está de acordo com
as regras. Podemos observar que o que as pessoas falam, diz respeito ao
contexto, dependendo assim do momento e lugar. Dessa maneira não avaliam se
estão seguindo a norma, se está certo ou errado, apenas conversam entre si
demonstrando da melhor maneira o que deseja.
Referências
BECHARA,
Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed., Rio de Janeiro: Lucerna 2001.
ILARI,
Rodolfo. Gramática do Português Falado. 4. ed. Campinas: Editora: Unicamp,
2002.
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