domingo, 13 de abril de 2014

O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS “ESTE” E “ESSE”


O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS “ESTE” E “ESSE”








Pontes e Lacerda
2014









O EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS “ESTE” E “ESSE”








por : Amanda Souza , Wilson Junyor e Lucas Chicarolli


















Pontes e Lacerda, MT, Brasil
2014

Introdução

            Os pronomes demonstrativos são utilizados para apontar as posições de certas palavras em relação a outros contextos. O relatório visa demonstrar o emprego dos pronomes demonstrativos “este” e “esse” na fala e na escrita, em certos pontos do comércio na cidade de Pontes e Lacerda-MT. De acordo com a gramática “este” é usado para próximo de quem fala e “esse” para próximo de quem ouve. São pronomes demonstrativos masculinos variáveis. Dessa forma observei se as pessoas usam outros pronomes além desses para apontar determinados objetos, ou outros termos para demonstrar tal objeto. A população, às vezes, fala e escreve espontaneamente sem saber qual termo caberia no dado contexto.

Objetivo

            O objetivo foi analisar quais dos pronomes “este” e “esse” estavam em funcionamento no falar e na escrita em certos pontos de comércio da cidade de Pontes e Lacerda.

Revisão bibliográfica

            Quando queremos analisar o modo de fala das pessoas faz-se necessário o conhecimento da língua portuguesa a partir da gramática. Existe várias gramáticas que podem mostrar o posicionamento usar os pronomes demonstrativos.
         Segundo Bechara (2001, p. 162), “os pronomes é classe de palavras categoremáticas que reúne unidades em número limitado e que se refere a um significado léxico pela situação ou por outras palavras do contexto”. Assim, considerando-os em suas relações com as pessoas do discurso, por exemplo: “este”, o que está perto da pessoa que fala: Amanhã este carro estará concertado. E o pronome “esse” o que está perto da pessoa a quem se fala. Exemplo: Essas tuas fúrias, esse teu calor, esse riso, essa amizade mesmo nos ódios que tinhas, procuro-lhes em vão só.
            Assim, de modo geral, essas referências são feitas a um objeto substantivo considerando-o apenas como a pessoa é localizada pelo discurso. Portanto, os pronomes demonstrativos “este” é para quem está próximo de quem fala e o “esse” para quem está próximo de quem ouve.

Metodologia

Para analisar o uso desses pronomes observei lugares como, por exemplo, feiras da cidade, estabelecimentos comerciais, observar quais expressões que o falante usa para mostrar a maneira de apontar algum objeto na escrita foram analisados três textos de uma aluna do Ensino Médio, observando se na escrita há o uso desses pronomes e as formas que foram empregadas.

Discussão dos resultados

            Primeiramente analisei os três textos de uma aluna do Ensino Médio, a forma de acordo com a gramática normativa, na escrita, os pronomes “este” e “esses”, os textos cujos títulos “A Internet na escola”, “Como educar as novas gerações” e “Artigo de Opinião”. Os textos a seguir mostram os posicionamentos dos pronomes relativos de acordo com o contexto:
Texto A:
Internet no contexto escolar
            A internet no sistema escolar precisa, ser analisada e estudada considerando as vantagens que ela proporciona ao aluno, mas também como algo que pode ocasionar problemas com a sua utilização, como é o caso da pedofilia que ocorre através de site de relacionamentos. É o papel de a escola agir nessa questão, pois é lá que o computador deveria ser apresentado e explicado sobre a importância da utilização correta desta tecnologia.
            Entretanto falta muita informação em relação ao uso da internet, tanto na educação quanto na vida pessoal dos alunos. É no período escolar que esses fatores deveriam ser esclarecidos, pois é a informação a melhor solução contra os abusos que podem vir a acontecer através da internet muito utilizada pelos estudantes.
            Com bases nessas questões, devemos analisar criticamente as repercussões da tecnologia na vida das pessoas, principalmente dos alunos, levando em conta os fatos positivos e negativos. É importante ressaltar o papel da escola em democratizar o acesso as tecnologias existentes, assim promovendo a inclusão sócio-digital. É por através da educação que podemos atravessar fronteiras construindo um mundo melhor, apenas precisamos conciliar nossa educação a tecnologia.

Texto B:
                                      Novas gerações
            Após a primeira etapa cumprida, a qual os entrevistados (adolescentes, jovens, adultos e idosos) se submeteram a dizer suas opiniões a respeito do tema Como educar as novas gerações. Analisando suas respostas percebesse a acusação por parte de todos sobre a qualidade de ensino que se encontra hoje. Para um pré-adolescente entrevistado, declarou a falta de materiais necessários para trabalhar em sala de aula e não ficarem numa aula rotineira onde o quadro é à base do ensino.
            Relacionando as entrevistas, as reações e a flexibilidade com que cada entrevista foi feita, os filósofos Piaget e kohlberg a questão da moral, da afetividade e da lógica foram de certo modo percebida em todos os entrevistados, porém estes critérios se relevaram de pessoa para pessoa, ou seja, em um entrevistado a lógica era de maior autonomia do que a afetividade, e para outros havia a presença da afetividade do que da lógica. De imediato, sabe-se que a teoria de Piaget sobre suas fases do desenvolvimento humano não necessariamente acontece como ele teorizou. Em sua teoria Piaget a dividiu em 4 estágios onde em cada uma delas teria o desenvolvimento dos três critérios moral, lógico e afetivo ao mesmo tempo.
            Já a teoria de Kohlberg dividida em 3 níveis a torna mais flexível deixando claro que o desenvolvimento dos três critério podem ser diferentes, pode haver o desenvolvimento de um critério e do outro não, independente dos níveis da idade do indivíduo. Sendo assim uma pessoa de 50 anos de idade pode ter estes critérios desenvolvidos, por exemplo, da moral e da afetividade já do lógico muito pouco. Envolvendo as pessoas com quem conversamos 50% estão classificados na teoria de Piaget e outros 50% se classificam na teoria de Kohlberg.

Texto C:
Artigo de Opinião
            Dar opinião oralmente sobre os mais diversos assuntos em situações informais é algo corriqueiro, que fazemos quase sem sentir ou pensar. Há situações de comunicação, porém, que são mais formais. Um exemplo são os debates, na televisão, entre candidatos a cargos públicos, sobre seus  projetos de governo em época de campanha eleitoral. Esses debates devem  ser cuidadosamente planejados, pois argumentos mal sustentados podem  significar até mesmo a derrota em eleições.
            Mas as opiniões não se restringem à fala – elas também podem  ser dadas por escrito. Jornais e revistas publicam artigos de opinião em seus editoriais.
            Editoriais são textos argumentativos: exprimem  a posição de um órgão de imprensa diante de um assunto e seus argumentos, a favor ou contra. A seção de cartas de leitores constitui um veículo para a expressão da opinião dos cidadãos sobre questões que  os afetem de alguma rnaneira. A proposta é trabalhar com um dos gêneros jornalísticos argumentativos escritos: o artigo de opinião. Ele é publicado em jornais, revistas e na internet, sempre assinado por um articulista, que é uma autoridade no assunto ou uma pessoa de representatividade social.
            Os artigos de opinião são importantes instrumentos para a formação do cidadão. Aprender a ler e a escrever esse gênero na escola contribui para desenvolver a capacidade de participar, com argumentos convincentes, das discussões sobre as questões do lugar onde se vive e, mais do que isso, de formar opinião sobre elas. Contribuir para resolvê-Ias é praticar a cidadania.
            Enfim, o Artigo de Opinião é um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto.

Podemos observar que os textos acima indicam que os pronomes demonstrativos “esse”, apontam para uma ideia dita anteriormente, ou seja, dirige aos argumentos do texto e para não repeti-los, refere-se a eles como “esse”, ou “esses“. Por exemplo, no trecho do texto A: “É no período escolar que esses fatores deveriam ser esclarecidos, pois é a informação a melhor solução contra os abusos que podem vir a acontecer através da internet muito utilizada pelos estudantes”, fatores ditos no começo do texto.
Já os pronomes “este” e “estes” estão empregados de forma que aponta o argumento que está sendo desenvolvido no texto, como por exemplo, na frase do texto B: Sendo assim uma pessoa de 50 anos de idade pode ter estes critérios desenvolvidos. Os critérios que a aluna expõe estão escritos nos argumentos apresentado no começo do texto.
            Na fala observei que as regras dos pronomes são variáveis. Nem todas as pessoas falam de acordo com as regras da gramática. Muitas vezes trocam “este” para demonstrar algo próximo de quem ouve e “esse” para próximo de quem fala, como, por exemplo, na fala: Você prefere este ou esse?. Há uma construção de dizer variável, se a regra impõe que “este” é usado para pessoa que próxima de quem fala e “esse” para próximo de quem ouve, muitos usam os dois termos como uma só.
            Em outros casos observei que algumas pessoas falam outros termos no lugar em que caberiam os pronomes para fazer essa demonstração, como por exemplo: Pega aquele produto pra mim, ao invés de dizer Pega este produto, ou você quer isto aqui, ao invés de Você quer este aqui?.

Conclusão
            Através desta produção foi possível identificar como foi o uso desses pronomes avaliados através da gramática, com a intenção de sabermos como se dá esse funcionamento, se o que falamos, escrevemos está de acordo com as regras. Podemos observar que o que as pessoas falam, diz respeito ao contexto, dependendo assim do momento e lugar. Dessa maneira não avaliam se estão seguindo a norma, se está certo ou errado, apenas conversam entre si demonstrando da melhor maneira o que deseja.








Referências

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed., Rio de Janeiro: Lucerna 2001.


ILARI, Rodolfo. Gramática do Português Falado. 4. ed. Campinas: Editora: Unicamp, 2002.

AULA DE CAMPO ; MEIOS DE COMUNICAÇÃO





                                                                                                                         

                                                              Créditos: @JunyorSouz4